sábado, 25 de setembro de 2010

Decore com cimento.

Barato e versátil, o cimento queimado valoriza detalhes arquitetônicos de áreas internas e externas, mas exige cuidados especiais para aplicação e conservação
O cimento queimado, um recurso comum em construções mais antigas e em casas do interior, vem ganhando posição de destaque em projetos por valorizar aspectos naturais e despojados na decoração. O efeito de “queimar”, como se diz no jargão, nada mais é do que o resultado de espalhar o cimento em pó sobre a massa ainda úmida, alisando a superfície com desempenadeira ou espátula. “Na década de 1940 e 1950, o cimento queimado era muito utilizado por ser econômico, mas principalmente pela falta de opção para revestir. Hoje em dia é uma solução moderna e barata, mas é preciso ter disposição para aplicar, já que não está entre as opções mais práticas que o mercado oferece em termos de revestimento”, compara o arquiteto Gastão Lima.

O uso da cobertura em cimento queimado é indicado para diversos locais, sejam internos ou externos, como garagem, áreas de acesso, sala de estar, cozinha, varanda, corredor e espaços de lazer e descanso. Embora seja utilizado com mais frequência em pisos, pode ser aplicado em fachadas, paredes, bancadas, degraus e até mesmo no teto. Graças a essa versatilidade, tornou-se uma ótima solução para incrementar e personalizar ambientes, valorizando detalhes da arquitetura ao criar um mix entre elementos rústicos e modernos, com charme e descontração. Um exemplo é o patamar de convite projetado por Gastão Lima para sua residência, onde os dois primeiros degraus da escada da sala foram revestidos com cimento queimado. A rusticidade do material contrasta com o piso e o rodapé em granito, com o degrau em madeira e com o ferro da escada, criando uma composição perfeita entre o conjunto.
Gustavo Selig, diretor-presidente da Hestia Construções e Empreendimentos, considera o cimento queimado um recurso decorativo moderno e de alto nível. Por isso, a empresa sempre utiliza o recurso em suas construções, especialmente para enriquecer elementos como a fachada, área comum ou quando o cliente solicita um efeito personalizado em seu apartamento. “Quando aplicado em paredes, por exemplo, o cimento queimado foge do clássico de tintas e texturas. Acaba sendo rústico apenas na forma de aplicação, já que dá muito mais trabalho do que uma pintura convencional. Quando intercalado a outros elementos, como uma parede de cimento com madeira, deixa o ambiente ainda mais sofisticado”, opina.
ara dar uma composição mais rústica, a sugestão é intercalar o cimento queimado com ladrilhos hidráulicos, formando uma espécie de tapete ou painel. Nesses casos, Ângelo Ferrari, gerente da Brasil Imperial, empresa fabricante de ladrilhos, atenta para as diferenças técnicas entre os dois componentes. “A principal desigualdade está na espessura, que pode variar de 17 a 20 milímetros no ladrilho, e tem em média 3 a 4 milímetros no cimento. Por essa razão é recomendável fazer dois contrapisos, um para cada ma­­terial. Além disso, o ideal é aplicar e impermeabilizar o ladrilho antes da colocação do cimento queimado, para não manchá-lo.”




 Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1047730&tit=Decore-com-cimento

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