sábado, 5 de outubro de 2013

Preciso de garagem, e agora?

Mercado é informal. Vaga para um automóvel vale de R$ 30 mil a R$ 50 mil em Curitiba.
A frota de veículos aumenta a cada ano e os carros, além de circular, precisam de um local para ser guardados. Nesse ritmo, o mercado de venda e locação de garagens segue aquecido: o custo para comprar uma vaga em Curitiba varia entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, dependendo da localização. Já o valor do aluguel começa em R$ 120 mensais.
O mercado é informal. Em condomínios residenciais, a negociação de venda ou locação costuma ocorrer entre os próprios moradores. “Quem tem uma vaga para oferecer pode anunciar entre os vizinhos ou por meio do síndico. O importante é fazer uma pesquisa de mercado para conferir quanto é cobrado, em média, na sua região”, explica Rodrigo Karpat, advogado e consultor do SíndicoNet.
Comercial
Edifício tem seis pavimentos para carros
A procura por vagas para automóveis animou os incorporadores do edifício Iguaçu 2820, da construtora Laguna. O prédio de conjuntos comerciais e lajes corporativas tem cerca de 400 vagas para carros, distribuídas em seis andares de estacionamento. Cinco deles são subsolos, que exigiram alto investimento em escavação.
“Percebemos a oportunidade porque a região do Água Verde é bastante povoada, com muitos prédios antigos que têm poucas vagas de garagem”, explica o diretor da Laguna, Gabriel Raad.
A administração das vagas – que poderão ser usadas por clientes horistas ou mensalistas – ficará a cargo da própria incorporadora. “Os condôminos poderão receber clientes e fornecedores com mais conforto. Além disso, será uma alternativa para quem mora nas redondezas, que poderá alugar as vagas para a noite”, explica Raad. Ainda não há estimativa do preço que será cobrado para estacionar nas vagas do Iguaçu 2820, que está em fase de finalização de obra. “O investimento foi alto, principalmente com a contenção do entorno, mas é uma necessidade. A médio e longo prazo teremos o retorno”, avalia o diretor da Laguna.
Ele salienta que é importante fazer um contrato, mesmo que simples, para definir obrigações e deveres das partes envolvidas.
“O que não pode ser feito é rifar ou leiloar a vaga. A negociação do preço ocorre caso a caso”, completa. O negócio tem de ser bom para os dois lados e, se possível, o ideal é oferecer a vaga durante uma assembleia de condomínio, garantindo assim que a maior parte dos condôminos tome conhecimento da oferta.
Venda
A comercialização da vaga de garagem só pode ser feita quando o espaço tem matrícula diferente do restante do imóvel. A regra para venda do local destinado ao carro sofreu mudanças em maio de 2012, quando o projeto de lei 12.607 alterou a redação do artigo 1331 do Código Civil.
Antes, independentemente do que estivesse descrito na convenção do condomínio, era possível comercializar o espaço com terceiros. Com a nova regra, é preciso estar descrito na convenção que há essa possibilidade. Do contrário, os condôminos estão proibidos de vender ou alugar para quem não é morador. “Essa medida teve a segurança como pano de fundo: a intenção é evitar a circulação de pessoas que não são moradores ou inquilinos”, explica Rodrigo Karpat.
Reguladores
Não há estimativas de valores e quantidades de garagem porque não existe um órgão que concentre informações sobre o setor. O sindicato das imobiliárias do Paraná não acompanha esse segmento. Luiz Valdir Nardelli, vice-presidente de locação e administração da entidade, diz que o mercado é pequeno. De acordo com ele, as negociações em torno de venda ou aluguel de vagas não costumam passar pelas imobiliárias.
Pela legislação municipal, uma vaga deve ter, no mínimo, 10,8 metros quadrados. Hoje, a média de tamanho das vagas dos prédios novos fica entre 18 e 22 metros quadrados. Em prédios antigos, chegava a 33 metros quadrados.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Documentação em dia não atrasa a obra


Em dia com a documentação

Regularização previdenciária é necessária para a liberação da obra. Detalhes burocráticos podem atrasar a entrega do imóvel.

O consultor Gil Sandro de Almeida alerta:
a regulamentação previdenciária exige atenção
No acabamento de uma construção, boa parte do trabalho é burocrática. Para que o canteiro de obras se transforme em um imóvel que possa ser ocupado, há uma lista de documentos, relatórios e pagamentos que devem ser feitos. Um dos itens fundamentais é a certidão negativa de débitos relativos às contribuições previdenciárias, emitida pela Receita Federal.
O documento diz respeito às obrigações previdenciárias decorrentes da execução da obra, envolvendo também prestadores de serviços e terceirizados. Desde que tenham funcionários, obras de qualquer porte precisam prestar contas sobre o pagamento da contribuição.
O descumprimento da norma gera implicações fiscais e multa. A falta da certidão impede a averbação no registro de imóveis – consequentemente, o empreendedor sofrerá atraso no recebimento de valores em caso de vendas com financiamento.
Detalhado
Diferentemente da folha de pagamento de outros segmentos, na construção civil esse relatório é bastante detalhado, porque o setor atua fortemente no combate à informalidade.
“Geralmente, é preciso uma consultoria específica para tratar desse assunto, porque um contabilista que trabalha para empresas de outro setor talvez desconheça todas as especificidades da construção civil”, diz Luciano Sottomaior, consultor técnico do Sinduscon-PR, o sindicato das construtoras do Paraná.
De acordo com Sottomaior, as desonerações no setor e as constantes mudanças nas normas que regem a contribuição previdenciária dificultam a vida contábil das empresas. “A complexidade da legislação exige atualização contínua. Até mesmo grandes empresas são impactadas”, observa. Ele diz que nos últimos anos muitas empresas que não estavam preparadas tiveram problemas. “Muitas tiveram que refazer pagamentos e atrasaram a obra”.
Complexidade
O responsável pela obra é quem deve obter a certidão de regularidade na Receita Federal. Porém, a regularização exige muitas idas e vindas às agências do órgão e pode gerar dor de cabeça, principalmente quando se trata de um grande empreendimento.
“Há informações desencontradas, os cálculos previdenciários são complexos, o responsável pode esquecer algum documento ou pode haver divergência entre os valores declarados e os efetivamente recolhidos”, explica Gil Sandro de Almeida, da Consultprev, empresa especializada na regularização previdenciária na construção civil.
Ele endossa que empresas de todo tamanho sofrem com as regras minuciosas e lembra que a responsabilidade desse documento também vale para obras pequenas, como reforma ou demolição. “O ideal é que durante isso já seja previsto durante a obra, porque no final pode ser um gargalo de tempo e dinheiro ter de retificar informações ou ir atrás de dados”, esclarece o consultor.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1406354&tit=Em-dia-com-a-documentacao

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Economia no condomínio não depende só do síndico.

O valor da taxa condominial varia de acordo com fatores que envolvem os moradores: inadimplência, uso de água e luz, contratações e manutenção do imóvel influenciam a tarifa.





Antônio More/ Gazeta do Povo / Moradores do Città di Firenze decidiram profissionalizar a administração para reduzir custos: o novo síndico, Leonardo Oliveira, debate com Radames Bonafini e Joice Ruthes as mudanças na administra-ção do prédio
Moradores do Città di Firenze decidiram
profissionalizar a administração para reduzir
 custos: o novo síndico, Leonardo Oliveira,
debate com Radames Bonafini e Joice Ruthes
 as mudanças na administra-ção do prédio
Entre as várias contas mensais a pagar pela manutenção de uma moradia, a taxa condominial é dos itens que mais pesa no bolso dos moradores de edifícios. Para não levar sustos, já que o valor muda de acordo com as despesas do condomínio, é bom ficar atento às decisões administrativas e conhecer os fatores que compõem a taxa. Ela supre os gastos coletivos, como salários de funcionários e seus encargos sociais, despesas de manutenção do imóvel, energia, água e esgoto, entre outros.

“Para entender como a tarifa é composta, o morador deve acompanhar o funcionamento do condomínio e seu dia a dia”, comenta Marcelo Borba, gerente comercial de condomínios da Auxiliadora Predial.
Até 50%
Era a variação de valores cobrados mensalmente na taxa de condomínio do edifício Citta di Firenze, em Curitiba. Os moradores pagavam entre R$ 200 e R$ 330 e nunca sabiam qual seria a tarifa do próximo mês, por isso, decidiram contratar síndico profissional.
Hora de agir
O que fazer quando o valor do condomínio está alto:
• Controlar a inadimplência com uma cobrança administrativa e jurídica atuante: o atraso de alguns aumenta o custo para os condôminos que pagam em dia;
• Fazer parcerias: os síndicos dos prédios de uma mesma rua podem se reunir e contratar a mesma empresa para manutenção periódica dos elevadores, pois com mais trabalho, é possível barganhar o preço do serviço;
• Controlar a rotatividade da mão de obra: contratações e demissões de funcionários podem gerar ações trabalhistas e as indenizações encarecem o custo;
• Controle no número de funcionários: com a devida verificação das horas extras por eles trabalhadas;
• Profissionalização: a redução de custos pode ser feita por uma boa administradora de condomínios que aplicará regras financeiras saudáveis, visando manter a segurança e equilíbrio do prédio, ou síndico profissional.
Fontes: Vanessa Ponciano, advogada, e Sérgio Craveiro, síndico profissional.
Ele lembra que é nas assembléias que se faz a aprovação do orçamento. “O síndico faz a previsão orçamentária e um possível reajuste pode passar por votação. Por isso é essencial participar”, salienta.
Só reclamar da tarifa alta, portanto, não adianta. É preciso estar presente e ter voz ativa. “Todas as despesas e investimentos que formam a taxa de condomínio, em sua grande maioria, são aprovadas em assembleia”, diz a advogada Vanessa Ponciano, especialista em direito imobiliário.
Prestação de contas
Além de acompanhar assembleias e reuniões, o morador deve observar os gastos descritos no boleto do condomínio assim que receber o documento. “Se há dúvida sobre valores que estão sendo cobrados, o condômino poderá solicitar cópia da pasta de prestação de contas para verificação. Todas as contas podem ser contestadas enquanto não forem aprovadas em assembleia”, comenta a advogada.
As contas e os balancetes têm de estar à disposição dos moradores. “A saúde financeira dos condomínios é essencial. A forma de gestão é comparada à das empresas, pois há funcionários, valores que entram no caixa, investimentos que devem ser feitos e gastos corriqueiros”, comenta o síndico profissional Leonardo Oliveira, da administradora Manager.
Previsão
Segundo Oliveira, o planejamento e a previsão orçamentária têm de ser feitos – mas muitos condomínios não colocam em prática esse mandamento básico, acarretando futuras dores de cabeça para os moradores. “Um exemplo é o 13º salário dos funcionários. É uma que despesa pode ser cobrada ao longo do ano todo, dissolvida em doze meses, e não apenas no mês de pagamento, porque nesse caso o condômino vai ficar sobrecarregado”, explica o profissional.
O ideal, indica Oliveira, é que o síndico preveja os custos e trabalhe com a modalidade de pagamento antecipado. “Em vez de esperar o gasto do mês e só então fazer o rateio, é melhor ter a previsão e fazer a divisão entre as unidades do condomínio para obter o montante para os pagamentos o quanto antes”, explica.
O síndico e administrador que conhece o condomínio pode prever o que será gasto e não vai arrecadar menos do que o necessário. “Se o valor ficar um pouco acima do gasto real, não há problema, porque o restante ficará no caixa do condomínio e poderá ser usado para despesas extraordinárias”, acrescenta Leonardo Oliveira.
Decisão
Profissionalização aprovada por moradores acerta as contas de edifício
O maior problema para os condôminos do edifício Citta Di Firenze era a grande variação do valor cobrado mensalmente no boleto da taxa condominial. A tarifa variava de R$ 200 a R$ 300. “O que nos incomodava é que a cada mês não sabíamos quanto teríamos que pagar, pois havia alteração de até 50% de um boleto para o outro. Não existia regularidade”, comenta uma das moradoras, Joice Ruthes.
O empresário Radames Bonafini, que também mora no Citta, pediu para ver os balancetes do condomínio. “Como a função de síndico acabava sendo escolhida por amizade e nem sempre quem é eleito tem experiência no assunto, vimos que havia problemas naquela gestão, como regularidade na gestão e revisão de contratos com os fornecedores”, aponta Bonafini.
Os moradores sugeriram, então, que a gestão passasse para uma empresa administradora. “Indicamos a profissionalização e a ideia foi aceita por unanimidade em assembleia”, conta o empresário.
Há cerca de quatro meses, quem assumiu a gestão do condomínio foi Leonardo Oliveira, síndico profissional da Manager, empresa administradora de condomínios. Para diminuir custos e evitar as variações mensais, Oliveira está revendo contratos com fornecedores, de forma a garantir que os valores estão de acordo com o que é praticado no mercado. Além disso, Oliveira programa manutenções constantes no prédio. “A revisão mensal do elevador, por exemplo, sai mais barata do que se precisasse trocar uma peça”, aponta.

http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1404429&tit=Economia-no-condominio-nao-depende-so-do-sindico

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Tempo para efetivar compra do imóvel pode cair para 30 dias

Proposta sugere que todas as informações do imóvel sejam registradas da matrícula, inclusive dívidas e processos judiciais que possam envolver o bem.



Um projeto de lei que tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Deputados pode facilitar a vida do comprador de imóveis. O projeto 5.708/2013 propõe uma mudança com relação ao registro de informações relativas a um imóvel. De acordo com a proposta, todas as informações referentes ao imóvel terão de estar na matrícula do bem: além de dados sobre reformas ou mudanças na estrutura, inclusão de registros sobre a presença do imóvel em espólio ou bloqueio na Justiça.

A medida, que quer reunir todas as informações no mesmo lugar, será capaz de gerar economia de tempo na efetivação do contrato de compra e venda. “Antes, o comprador precisava ir atrás das informações sobre o imóvel nos cartórios, para se certificar de que não havia nenhum problema. Se essa regra for aprovada, o processo vai ficar menos burocrático”, comenta a advogada Oksana Guerra, especialista em direito imobiliário. De acordo com ela, o prazo para efetivar a compra de imóvel deve diminuir para menos de 30 dias. Atualmente, o tempo médio de espera para efetivação da compra é de quatro meses, dependendo do tipo de documentação necessária.

Ponto para comprador
A proposta também distribui a responsabilidade sobre as informações do imóvel, que hoje em dia é apenas do comprador. A responsabilidade de registrar na matrícula do imóvel todas as informações passará a ser do proprietário e de algum terceiro que tenha algum litígio com repercussão financeira contra o imóvel. Na prática, o comprador não vai precisar mais fazer a pesquisa em cartório de diversas certidões para verificar se o imóvel está bloqueado pela Justiça, consta como espólio ou foi usado como garantia em empréstimo, por exemplo. “Se o imóvel for comprado e depois um terceiro vier reclamá-lo, o comprador poderá acionar o primeiro proprietário, que deverá arcar com o ônus”, explica a advogada.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1402391&tit=Tempo-para-efetivar-compra-do-imovel-pode-cair-para-30-dias

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Anda difícil vender casas na praia; entenda por quê.


Corretor especializado na venda de imóveis no litoral paulista lista os motivos da baixa liquidez desse tipo de propriedade.


São Paulo – Proprietários têm enfrentado dificuldade em vender suas casas de praia de médio e alto padrão no litoral paulista, sobretudo no Guarujá, segundo David Andreatta, proprietário da Andreatta Broker, imobiliária especializada no litoral paulista, com 20 anos de atuação no setor.
Segundo Andreatta, depois de uma forte alta, o mercado imobiliário no litoral de São Paulo tem sofrido um desaquecimento em algumas regiões. Imóveisvendidos por mais de 1,5 milhão de reais têm demorado cerca de três anos para encontrar um comprador. “Em algumas regiões do Guarujá, por exemplo, eu tenho de 50 a 100 imóveis de alto padrão à venda, e apenas cinco pessoas procurando imóveis para comprar”, diz. 
Alguns fatores podem explicar essa dificuldade na venda. O primeiro deles é a mudança de hábitos das famílias. De acordo com Andreatta, com a maior facilidade para viajar ao exterior, alguns proprietários têm preferido gastar seu dinheiro lá fora a usá-lo com a manutenção da casa de praia. “Muitos proprietários não querem mais ter casa de veraneio porque ficou mais fácil viajar para outros países do que manter uma casa na praia, o que costuma consumir quatro mil reais por mês”, diz.
Em outros casos, os proprietários querem se desfazer do seu patrimônio depois que os filhos crescem, estabelecem outras prioridades e compromissos no final de semana, e a casa acaba ficando grande demais apenas para os pais. 
Outro fator mencionado por Andreatta diz respeito às propriedades herdadas. Segundo ele, muitas casas que são recebidas por herança acabam se tornando motivo de confusão na família, já que nesse tipo de situação o imóvel passa a ser compartilhado por muitos parentes.
Além das mudanças de hábitos dessas famílias, as dificuldades de acesso às cidades do litoral contribuem para o menor interesse pelos imóveis de praia. “As praias de Santos, Riviera de São Lourenço e Guarujá estão passando por um momento de dificuldade muito grande por causa da estrada. A Rodovia Cônego Domênico Rangoni (Piaçaguera-Guarujá), por exemplo, tem muito trânsito de caminhões e congestionamentos insuportáveis. Está difícil chegar à praia”, afirma o proprietário da Andreatta Broker. 
Soma-se ainda a esses fatores o aumento da violência, que tem afetado muito o turismo de cidades como o Guarujá. “A procura de casas fora de condomínios no Guarujá tem diminuído muito. Casas fora de condomínio nas praias da Enseada e Pernambuco têm se desvalorizado. Nós temos na imobiliária uma casa no Jardim Virgínia, por exemplo, de 1.500 metros quadrados e que tem até quadra de tênis. Ela estava à venda por 1,5 milhão de reais, mas agora o proprietário já está aceitando ofertas de 850 mil reais”, afirma Andreatta.
Ele acrescenta que ainda que a desvalorização ocorra nas casas que ficam fora de condomínios, mesmo as casas que ficam dentro de espaços fechados têm sido vendidas com descontos quando os compradores oferecem um pagamento à vista.
Andreatta também acrescenta que, em alguns casos, o imóvel demora a ser vendido porque o proprietário faz o anúncio em uma imobiliária que não é especializada naquele tipo de propriedade. “Nós fizemos uma pesquisa de mercado e verificamos que 70% dos compradores de casas do Jardim Virgínia e da Enseada, no Guarujá, moram nos bairros de Moema, Vila Nova Conceição e Brooklin, em São Paulo. Mesmo assim, muitos proprietários anunciam o imóvel apenas na imobiliária que tem uma atuação local e sem alcance”, diz.
O momento é bom para comprar, mas é preciso avaliar os riscos
Se por um lado o momento está ruim para os vendedores, o mercado de casas na praia pode oferecer boas oportunidades para os compradores. “A bola da vez está com quem está comprando”, comenta Andreatta.
Com a menor procura, os compradores podem conseguir negociar valores menores na compra. Mas, mesmo assim, a vantagem pode valer apenas para quem já buscava um imóvel na praia e quer comprá-lo com o objetivo de usufruir da propriedade. 
Pensar na compra de imóveis na praia como investimento, seguindo a lógica de “comprar na baixa e vender na alta”, pode ser arriscado. Fatores como aqueles mencionados por Andreatta podem, no futuro, continuar causando problemas a quem quiser vender suas propriedades.
Ainda que um investimento barato chame atenção, o investidor deve sempre estudar suas perspectivas futuras para avaliar se a compra pode ser vantajosa. Afinal, a baixa liquidez desse tipo de imóvel pode prejudicar o proprietário não só hoje, mas em outros momentos futuramente. 
Fonte: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/imoveis/noticias/anda-dificil-vender-casas-na-praia-entenda-por-que?page=1

sábado, 17 de agosto de 2013

Investidor aposta em condições facilitadas.

Para atrair brasileiros, construtor oferece apartamentos em Miami completos, do acabamento ao eletrodoméstico, e facilita o financiamento, que pode ser feito direto com o incorporador.




Preços de imóveis relativamente baixos e financiamento facilitado têm atraído brasileiros para compra de casas e apartamentos no exterior. Entre os destinos preferidos está Miami, na Flórida, cidade mirada para férias. Construtoras e imobiliárias de lá, animadas com o pode consumido dos brasileiros, passam a investir em correspondentes por aqui. Uma delas é a J. Milton & Associates, que, em parceria, com a Apolar Imóveis, lançou ontem em Curitiba o empreendimentos chamado Parque Towers, localizado em Sunny Isles Beach, a 20 quilômetros de Miami.
O diretor da empresa norte-americana, Yosi Gil, esteve em Curitiba para o lançamento e fala animado sobre as perspectivas com o mercado brasileiro. “É bom fazer negócio com os brasileiros, que discutem muitos descontos, mas negociam com honestidade”, comenta. Para atrair o consumidor local, a construtora lança condições facilitadas e metade do valor do imóvel poderá ser financiado direto com a construtora. “Nós garantimos metade do valor para pagamento ao longo dos anos, com taxas de juros baixas”, diz.
Imóvel de luxo
Em Miami, unidades são entregues completas
Os imóveis do Parque Towers, têm 250 m², todos os acabamentos e o cliente recebe a unidade completa, com eletrodomésticos e mobiliada. Além disso, outro fator pode chamar atenção do mercado brasileiro: os apartamentos custam a partir de U$ 700 mil, preço que é competitivo com relação ao mercado brasileiro. “E o condomínio oferece todos os serviços e áreas comuns, por uma taxa de cerca de U$ 1 mil mensais”, completa o executivo Yosi Gil, diretor da J. Milton & Associates.
Serão duas torres, com 26 andares. Cada uma tem 150 apartamentos, sendo que é possível unir dois apartamentos para conseguir um imóvel maior. O Parque Towers vai oferecer apartamentos com dois e três quartos. Os serviços incluem bares, restaurantes, piscinas, sala de ginástica, sala de cinema para 200 pessoas, business Center, área para crianças, entre outros. Opcionais de contratação de empregados também estão disponíveis no condomínio. De acordo com o executivo, as particularidades do imóvel para brasileiros consistem em detalhes, como mais banheiros por unidade e cortinas escuras em todos os quartos.
O interesse de Gil pelo Brasil vem dos investimentos realizados em Miami nos últimos anos. O brasileiro é o segundo maior público estrangeiro na região, o que anima o empresário, que já vê possibilidade de venda de outros empreendimentos aqui. “Podemos vender outros imóveis de lá, aqui e quem sabe, até investir na construção de imóveis aqui no Brasil”, planeja.
Exclusividade
No Paraná e Santa Ca­­ta­­rina, quem vai comercializar as unidades do Parque Towers com exclusividade é a Apolar Imóveis, que consolida seu processo de internacionalização. A empresa já mediava relação de venda e locação de imóveis em várias cidades, mas a aliança com a J. Milton & Associates vai ampliar as possibilidades da empresa, que avalia até a possibilidade de buscar franqueados fora do país. “A estrutura da empresa comporta esse tipo de operação e quem sabe, no futuro, podemos detectar algum interessado que queira replicar nosso modelo de negócio fora daqui. Estamos abertos a isso”, disse o diretor da Apolar, Jean Michel Galiano, também durante a coletiva.
“Os americanos tem visto o potencial desse tipo de produto aqui e buscavam alternativas, para sair do eixo Rio – São Paulo e alcançar o consumidor do sul do país”, diz Jean Daniel, que também está no comando da empresa. De acordo com ele, o perfil de quem compra imóveis em Miami não é definido. Tem quem compra para revender ou alugar, mas há espaço para o consumidor que usa o imóvel durante as férias e depois deixa o imóvel disponível para locação. Ele indica que a previsão de um voo direto, a partir de dezembro, entre Curitiba e Miami, deve aquecer ainda mais as vendas. “O brasileiro está vendo que á fácil ir para lá e que a aquisição não é impossível. Além disso, o preço dos imóveis está muito competitivo”, afirma.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1399307&tit=Investidor-aposta-em-condicoes-facilitadas

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Comprador que busca 1º imóvel em SP tem renda média de 5 mil.


Estudo da Lopes destaca diferenças de perfil entre compradores que buscam imóvel pela primeira vez e aqueles que já adquiriram um imóvel antes.

Prédios em São Paulo (SP):
Compradores de primeira viagem
procuram imóveis 
de 50 a 89 m²
Sao Paulo - Os paulistanos que buscam adquirir seu primeiro imóvel têm renda média mensal de 5 mil reais e se interessam, principalmente, por imóveis na faixa de 249 mil a 499 mil reais e com área privativa de 50 a 89 metros quadrados. As constatações fazem parte de um estudo realizado pela Lopes, empresa de intermediação e consultoria de lançamentos imobiliários, com mais de 6.828 residentes da Região Metropolitana de São Paulo. 
Segundo a pesquisa, os compradores de primeira viagem têm em média 29 anos; 92% procuram apartamentos; e 97% buscam imóvel para moradia própria, enquanto 2% têm o objetivo de comprar o imóvel para investimento. Sobre o status de construção do imóvel, 79% deles preferem imóveis na planta, 24% em construção e 20% imóveis prontos (questão admitia mais de uma resposta). 
Entre os interessados em comprar da segunda propriedade em diante, a renda média mensal é de 10 mil reais. Eles procuram apartamentos que custam em torno de 500 mil reais, com área privativa de 70 a 129 metros quadrados. São pessoas de faixa etária média de 39 anos e que também buscam, de preferência, apartamentos (90%).  
Dentro desse grupo, 76% preferem imóvel na planta, 29% em construção e 25% imóveis prontos (questão com mais de uma resposta). E 74% buscam imóvel para moradia própria e 19% para investimento. 
Entre os compradores interessados em adquirir o primeiro imóvel, as regiões mais desejadas são: Vila Mariana, Campo Limpo, Penha, Tatuapé, Lapa, Vila Sônia, Santana, Pirituba, Centro e Bela Vista.
E entre aqueles que já possuem um imóvel, os locais preferidos são: Vila Mariana, Saúde, Tatuapé, Mooca, Perdizes, Lapa, Santana, Casa Verde, Higienópolis e Bela Vista são as preferências.
As entrevistas foram realizadas nos últimos 12 meses por telefone com clientes da Lopes interessados em comprar um imóvel. Dentre os participantes, 57% afirmaram que estão buscando o primeiro imóvel, enquanto 43% já compraram algum imóvel antes. 

Fonte:http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/imoveis/noticias/comprador-que-busca-1o-imovel-em-sp-tem-renda-media-de-5-mil